quarta-feira, 26 de maio de 2010

Existem muitas coisas na vida que mostram sua verdadeira face ou significado apenas quando visto de perto, muito perto. Talvez por isso, nos enganamos continuamente sobre as pessoas e fatos. Por só buscar as coisas tangíveis e “reais”, o material e o factível, é que nos prendemos a forma e permanecemos apenas observando a superfície e não aprofundamos os relacionamentos e não buscamos conhecimento das coisas verdadeiras. Uma conseqüência da falta de interesse em desnudar-se e conhecer é a crença comum que nos faz acreditar um pouco mais em nós e nas pessoas apenas porque VEMOS os outros se ajudando, contribuindo de vontade própria, mesmo que seja só um pouco. Tudo o que faz bem, ou traz uma sensação de bem estar é sumamente bom. Esta esperança*, este otimismo de ocasião é um entorpecente natural para a época em que vivemos.

Existe ainda uma quantidade de pessoas que não costumam mostrar-se totalmente porque preferem se auto-proteger com máscaras, especialmente, as máscaras das religiões. Mas diante das grandes catástrofes, ou quando algumas situações revelam o seu "eu" verdadeiro, acabam por ver que todas as pessoas são iguais. E que, quando relutam em se interessar pelos outros, é aí que devem perder as suas roupas e máscaras para notar que todos somos nada.

*Segundo o Dicionário Aulete digital, (es.pe.ran.ça), sf., 1. Expectativa otimista da realização daquilo que se almeja; 2. Fig. Aquilo ou aquele em que(m) se deposita uma expectativa; 3. Qualquer coisa que seja ilusória; 4. Rel. Juntamente com a fé e a caridade, a segunda das três virtudes básicas do cristão.

Um comentário:

Rô Moreira disse...

Muito legal. bom demais! paz!